segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Sarney usou helicóptero da PM do Maranhão em viagem particular

altO tetrapresidente do Senado José Sarney (PMDB-AP) serviu-se de um helicóptero da Polícia Militar do Maranhão para passear na ilha do Curupu, de sua propriedade.
A transgressão ocorreu uma, duas vezes. Ambas em 2011, informam os repórteres Felipe Seligman e João Carlos Magalhães.
Para azar de Sarney, um cinegrafista amador registrou a utilização do bem público com propósitos privados.
O senador e seus acompanhantes foram filmados em trajes de passeio no instante em que desembarcavam no heliponto Polícia Militar em São Luís.
As primeiras imagens foram captadas em 26 de junho. As outras, em 10 de julho. Dois domingos.
Numa das viagens, além da mulher, Marli, acompanhava Sarney um casal de amigos: o empresário Henry Duailibe Filho e a mulher dele, Cláudia.
Henry é primo de Jorge Murad, marido da governadora maranhense Rosenana Sarney (PMDB).
Dono de uma construtora e de uma concessionária de automóveis, Henry mantém com o governo do Maranhão contratos milionários. Coisa de R$ 70 milhões.
altO helicóptero usado por Sarney em seus passeios foi comprado no ano passado. Serve –ou deveria servir— para combater o crime e prestar socorro emergências médicas.
Custou R$ 16,5 milhões. Uma parte saiu do bolso do contribuinte do Maranhão. A outra, foi provida pelo contribuinte federal, representado pelo Ministério da Justiça.
Ao discursar na cerimônia de entrega da aeronave, Roseana Sarney jactou-se:
É "uma demonstração [de] que estamos investindo em uma polícia moderna, [...] afastando de vez a bandidagem" do Maranhão.
No dia 10 de julho, um dos domingos em que Sarney foi pilhado desembarcando do helicóptero anti-bandidagem, retardou-se o atendimento a um acidentado.
O pedreiro Anderson Ferreira Pereira acidentara-se gravemente. Sofrera traumatismo craniano. Fraturara a clavícula.
Socorrido por outro helicóptero da PM, Anderson acabara de chegar de Alcântara, cidade distante de São Luís 53 km.
Acompanhado da irmã, Rosângela Pereira, o pedreiro teve de esperar dez minutos para que sua maca fosse acomodada na ambulância que o levaria ao hospital.
  Lula Marques/FolhaaltO desembarque das malas de Sarney e seus acompanhantes teve preferência sobre o atendimento ao acidentado.
Procurado pela reportagem, Sarney manifestou-se por meio de assessores. Alegou o seguinte:
Tem "direito a transporte de representação e segurança em todo o território nacional, seja no âmbito federal ou estadual, sem restrição às viagens de serviço."
A assessoria senador invocou o artigo 2º da Constituição, cujo conteúdo não parece fazer nexo com o caso.
Nesse trecho, o texto constitucional anota: "São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário."
De resto, a assessoria de Sarney afirmou: "A viagem foi feita à ilha de Curupu a convite da governadora do Maranhão, Roseana Sarney."
Quer dizer: a aeronave do contribuinte levou Sarney até a ilha dos Sarney a convite da Sarney que governa o Estado famoso pelo domínio da família Sarney.
A assessoria do presidente do Senado não disse palavra sobre a presença num dos vôos do empresário que mantém negócios com o Estado.
Nada disse também sobre o retardamento do socorro ao pedreiro acidentado.
A Lei de Improbidade Administrativa sujeita os políticos que usam bens públicos em "obra ou serviço particular" à perda da função e suspensão dos direitos políticos.
Uma lei estadual do Maranhão, de 1993, "a utilização de veículos oficiais em caráter pessoal."
O texto não faz menção aos helicópteros. Mas aeronaves da PM, até prova em contrário, também são “veículos oficiais.”

Garimpo de Roosevelt é uma bomba prestes a explodir, alerta MPF/RO

Parentes que vivem em situação de penúria e pessoas ávidas em explorar os diamantes, incluindo quadrilhas internacionais, pressionam lideranças indígenas que paralisaram o garimpo há um ano, acreditando em promessas do governo
João Bravo (em pé) reclamou da falta de dinheiro para almoçar, durante a reunião - Foto J. Gomes
Há um ano e dois meses, o garimpo de diamantes da Terra Indígena (TI) Roosevelt, território tradicional do povo Cinta Larga, em Cacoal (RO), está paralisado. A região conta com o que é considerado como a  mais rica mina de diamantes do mundo, cuja exploração ilegal já provocou cerca de 100 mortes e que foi palco em 2004 das mortes de 29 garimpeiros, efetuadas pelos indígenas. Apesar da escolta da Polícia Federal que mantém barreiras nas principais entradas da TI, a paralisação do garimpo deve-se a uma decisão tomada pelos próprios índios, que aprenderam a duras penas que a exploração dos diamantes pode provocar a total desagregação social do seu povo. Lideranças Cinta Larga paralisaram o garimpo acreditando na promessa de implementação de  um planejamento de vida que atendam as necessidades básicas  para uma vida digna dentro da TI, até que a lei que regulamenta a exploração de minerais em terras indígenas saia da gaveta na Câmara Federal, onde aguarda uma decisão dos deputados desde 1999. Sem a contrapartida do governo no acordo, as lideranças indígenas que o acataram sofrem pressões de todos os lados – dos parentes, que vivem em situação de penúria e não acreditam mais nas promessas dos colonizadores, e de uma variada rede de pessoas, empresas e entidade, ávidas pelas pedras preciosas, incluindo perigosos bandidos internacionais.
“Embora se assemelhe a uma bomba prestes a explodir, a situação é cômoda para o governo, já que o garimpo está paralisado. Só serão tomadas providências quando houver uma morte”, profetizou o Procurador-Geral do Ministério Público Federal de Rondônia (MPF/RO), Reginaldo Trindade, durante encontro convocado pelo MPF com a bancada federal do Estado, realizada na última sexta-feira (19/08), para pedir apoio dos parlamentares contra o iminente retorno do garimpo e uma nova explosão da violência, “o que pode ser o fim do povo Cinta Larga”, segundo Trindade.
O garimpo de Roosevelt existe há muito tempo, mas a exploração dos diamantes foi intensificada em 2000/ 2002. Em 2004, a região ficou mundialmente conhecida pelas mortes de 29 garimpeiros, provocadas pelos índios. As mortes repercutiram com grande intensidade na opinião pública internacional e foi estabelecida uma força tarefa –ratificada pelo presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, e mais três ministros, encarregada de elaborar e implementar um plano de vida digno e sustentável para os Cinta Larga, para garantir a paralisação do garimpo, além da fiscalização da área. Este mesmo plano ainda hoje é aguardado na TI.
Repressão
“Na Força Tarefa criada em 2004 só ficou a Polícia Federal, que mantém barreiras nas principais
Mauro Marcelo Cinta Larga defende seu povo durante reunião com parlamentares - Foto J. Gomes
entradas da TI e constantemente serve de reclamação para os indígenas, que denunciam ações truculentas durante as revistas obrigatórias para entrar nas aldeias”, acusa Reginaldo Trindade.
A aplicação equivocada dos recursos públicos destinados aos Cinta Larga é uma das maiores queixas dos indígenas, já denunciada em diversas instâncias. O MPF/RO aponta uma “abissal diferença” entre o montante destinado à repressão e aos programas sociais, econômicos e culturais que os índios necessitam. O Governo Federal aplicou em ações da Policia Federal, no período de 2006 a 2009, R$ 28 milhões e 430 mil, com valores em escala ascendente a cada ano. Já os programas sociais, de acordo com a Funai, tiveram um investimento de R$ 469 mil em 2008 e de R$ 649 mil em 2009, sendo que parte considerável dos mesmos foi aplicada em despesas indiretas, como pagamento de diárias e de combustível. No biênio 2008/2009, as ações repressivas somaram um montante de R$ 7 milhões/ano, sendo que para a Funai foi destinado 10% destes investimentos.
Funai
Embora convidada para a reunião com os parlamentares, a Funai, duramente criticada durante o encontro, não compareceu. A bancada foi representada pelo senador Valdir Raupp e os deputados Padre Tom – integrante da Frente Parlamentar dos Povos Indígenas, Carlos Magno, Marinha Raupp, Mauro Nazif e Lindomar Garçon. Já os Cinta Larga foram representados pelas lideranças  Nacoça Pio, Mauro Marcelo e Touro Bravo.
Durante a reunião, o cacique João Bravo reclamou que não tinha dinheiro para almoçar. A Funai se negou a pagar as despesas do deslocamento dos três indígenas para o encontro com os parlamentares na sede do Sipam. Eles pagaram as passagens para viajar de Cacoal até Porto Velho e não tinham dinheiro para as refeições nem a estadia. “Só vim porque o procurador Reginaldo Trindade, que está com a gente há muito tempo, disse que era importante. Mas espero que esta não seja só mais uma reunião das tantas a que eu já compareci, só com promessas não atendidas”, disse ele.
Procurador Geral do MPF/RO, Reginaldo Trindade, busca apoio de parlamentares para "luta inglória pela sobrevivência do povo Cinta Larga" - Foto assessoria de imprensa
Durante o encontro com os parlamentares, ficou decidido que será realizada um segundo encontro em Brasília, reunindo as bancadas federais de Rondônia e Acre e representantes dos Cinta Larga que vivem nos dois Estados. Na ocasião, os parlamentares  serão convidados a analisar e assinar uma carta de apoio à luta do povo cinta larga, cuja minuta foi apresentada durante encontro no Sipam, em que se comprometem a cumprir uma série de reivindicações, entre as quais se destacam o direito dos  indígenas de se manifestarem sobre qualquer decisão que diga respeito à exploração do garimpo e outros assuntos que se refiram à Terra Indígena Cinta Larga.
O documento também assinala a necessidade urgente de implantação de um programa com ações sociais, econômicas e culturais na TI e uma mudança no destino dos investimentos destinados às aldeias. Ao invés de recursos para a repressão, os Cinta Larga querem educação, saúde e meios de se sustentar com dignidade em suas terras.
Ana Aranda/Amazônia da Gente

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

CURUBA NÃO SE TRATA COÇANDO

POR JOSÉ CARLOS DOS REIS MEIRELLES
Direto da Frente de Proteção Etnoambiental Xinane, na fronteira Brasil-Peru

Companheiros,

ontem eu estava meio "mordido de caititu" e espoletei. Com razão, creio.

Hoje, sendo mais frio e menos emotivo (se é que é possível pra mim não sê-lo em falar dos parentes brabos), a situação aqui ainda não está resolvida, existem muitas dúvidas a serem esclarecidas.

Afinal o que esse povo e o português preso faziam por aqui?

Creio que existem ainda pessoas desse grupo escondidos aqui por perto, esperando a poeira baixar.

Sendo otimista e achando que o Exército com seu Batalhão de Selva resolva sair do quartel e, em vez de passar o dia aparando a grama dos jardins do quartel, resolva repuxar cipó aqui nas matas pra ver se encontra, ou espanta de vez esses traficantes. Mas isso é como tratar curuba coçando-a, ou carregar água em paneiro.

O problema aqui é bem maior, extrapola os limites internacionais do Brasil e a própria competência da Funai. Não estou dizendo que isso é exclusivo do Peru. Temos, dentro de nosso território, todo tipo de agressão a índios isolados ou não. Mas nas faixas de fronteira (e este é um caso emblemático) as desgraças podem vir daqui ou de lá. Agora é do Peru.

Como proteger os isolados, que usam tanto o território brasileiro como o peruano, transitam em suas terras pra lá e pra cá desta linha imaginária que traçamos, para dividir os dois países - o paralelo 10º Sul? Ou os dois países tratam desse assunto conjuntamente, colocando nas agendas binacionais os índios, isolados ou não, protegendo suas vidas e territórios, ou teremos uma fronteira de brancos e índios, todos atolados até o pescoço na exploração ilegal de madeira, no tráfego de cocaína, ou sei lá mais em que atividade ilegal.

Estes vastos territórios, que à vista grossa parecem terra de ninguém têm dono: os índios.

Desde 2006 venho alertando para a movimentação de madeireiros nas cabeceiras do Rio Envira, no Peru, e o perigo para os isolados. E a exploração lá se dá em uma reserva para isolados, Murunahua.

Tive a oportunidade de, junto com o presidente da Funai, Márcio Meira, visitarmos a embaixada do Peru em Brasília, alertando o embaixador das consequências da exploração ilegal de madeira na reserva Murunaua.

Também estivemos juntos em Pucalpa, tratando do mesmo assunto com ONGs e representantes do governo peruano. Pregamos no deserto, tipo São João Batista. E pelo andar da carruagem,
começaremos e comer gafanhotos.

Não sou mais funcionário da Funai. Trabalho no governo do Acre, a convite do governador Tião Viana, que, diga-se de passagem, tem dado todo apoio possível para sairmos da crise em que nos encontramos. Estou aqui na Base do Xinane dando minha modesta colaboração a todos que aqui estão, pela longa vivência de 22 anos que residi aqui nas cabeceiras do Envira, nesta mesma base.

Quero deixar claro também que não fizemos as operações como o esperado, não por culpa das pessoas que aqui estiveram, da PF e do BOPE. Todos eles têm vontade de ganhar a mata com nossos mateiros e resolver a questão. Assim também o pessoal da Força Nacional que aqui se encontra.

O que precisam é de ordem expressa de seus comandos. Fica o registro para sanar os maus entendidos.

Finalizando faço um apelo às autoridades maiores de meu país: ganhem um pouco de tempo e pensem na responsabilidade que é ter em suas mãos o destino de povos que vivem autônomos nestas matas. Assustados, talvez assassinados (como se isso fosse novidade para eles) e sem o menor conhecimento que nem futuro poderão ter, se o Estado Brasileiro decidir que o que acontece aqui é uma crise momentânea.

Lembrem-se da sabedoria das matas: curuba não se trata coçando. Ela vai aumentar, piorar e apostemar.

Seres humanos não merecem esse tipo de tratamento.

Um grande abraço a todos.

José Carlos dos Reis Meirelles é sertanista

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

AS DUAS MORTES DO VOVÔ

POR JOSÉ RIBAMAR BESSA FREIRE

O velho Cabral estava lendo o jornal “O Trabalhista”, sentado numa cadeira de balanço, daquelas de macarrão, na varanda de sua casa, na Rua Cláudio Mesquita, em Manaus. De repente, começou a rir, inicialmente de forma discreta, contida, mas o acesso de riso foi crescendo, se avolumou, se apoderou de seu corpo que balançava, em convulsão. A gargalhada sonora, capaz de matar de inveja a Fafá de Belém em seus dias mais hilariantes, ecoou por todo o seringal Mirim. Ele riu, riu, riu, mas riu tanto que morreu de rir. Literalmente. Teve um ataque fulminante do coração. Tombou já sem vida.

- O vovô morreu – gritou Huguinho Reis, muito assustado.

Minto, estamos na década de 50, Huguinho não era nem nascido. Quem gritou, já de olho em uma das netas com quem depois acabou casando, foi o Ferreti, que viu o velho esticar as canelas. O vovô era capaz de rir desbragadamente como a Fafá, mas não possuía, que nem ela, um cofre enorme para guardar tanto riso, por isso o peito dele não aguentou. Explodiu. O corpo desabou, junto com os óculos, sobre o jornal, cuja manchete panfletária berrava em letras garrafais: “ABAIXO O CABELEIRA, O MAIOR LALAU DA CERA”.

Cabeleira era o apelido do ex-governador Álvaro Maia. CERA, a Comissão de Estradas de Rodagem do Amazonas, que depois se transformou em Departamento, mudando a sigla para DERA, o precursor do DNIT. E “O Trabalhista” era o jornal do PTB, liderado na época por Plínio Coelho, que baixava o sarrafo denunciando a corrupção, embora Álvaro Maia fosse um poço de virtudes se comparado ao filho do ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, cujo enriquecimento foi galopante.

No velório do velho Cabral, lá na Funerária Almir Neves, que acabou sendo divertido, com todo o respeito, vinha a clássica pergunta:

- Ele morreu de quê?

Os parentes, no meio da dor e do sofrimento, explicavam, e aí ninguém aguentava, as pessoas começavam a rir e queriam saber mais:

- Morreu rindo, mas rindo de quê?

Mistério

Pois é, rindo de quê? Um mistério. Ninguém entendia. Até hoje ninguém sabe, nem mesmo uma das netas do velho Cabral, a Rosilene Odina, que me contou, ontem, por telefone, com riqueza de detalhes essa história absolutamente verdadeira, testemunhada por várias pessoas que estão vivas e são dignas de fé.

Ela diz que o velho Cabral fazia parte da ala que os opositores da UDN e do PSD chamavam de “canalha da quinta coluna petebo-comunista” e que provavelmente o ataque de riso fora provocado pela notícia sobre a corrupção nos transportes.

Mas qual é a graça que pode ter a corrupção? Num exercício especulativo, podemos ressuscitar o velho Cabral, colocando-o diante do noticiário dessa semana no “Diário do Amazonas”. Vamos lá. Ele abre o jornal e lê a manchete: “Policia Federal prende 36 pessoas por desvios de recursos do Turismo”.

No corpo da notícia, o velho Cabral é informado que no ano de 2010 desembarcaram 459 turistas estrangeiros no Amapá. Considerando que o Airbus A-330 pode transportar até 475 passageiros em cada voo, o total de turistas que entraram no Amapá durante um ano inteiro não lotaria um avião numa única viagem. O Amapá participa com 0,001% - eu falei zero vírgula zero, zero um por cento - dos que embarcam em voos internacionais no Brasil e 0,005% dos que desembarcam. O fluxo de passageiros nos voos nacionais é igualmente irrisório.

Dos 8.956 guias de turismo existentes no Brasil, apenas 18 atuam no Amapá, cujos hotéis, pousadas e flats somam 19 unidades. No entanto, o Ministério do Turismo não hesitou em aprovar um megaprojeto de cursos de capacitação para os guias do Amapá. Assinou três convênios suspeitos no valor de R$ 17,7 milhões – eu falei dezessete milhões e setecentos mil - com uma ONG, o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), que sequer ministrou os cursos, mas embolsou o dinheiro. Aqui o velho Cabral começa a rir.

Continua lendo que as verbas foram desviadas, com orientação do próprio secretário-executivo do Ministério do Turismo, que ensinou a um empresário como montar um negócio de fachada para enganar a instituição. O riso do velho Cabral aumenta ao saber, ainda, que quem defende os membros da ONG fraudulenta é o escritório do filho do ministro do TCU, que teve acesso prévio à acusação.

Vovô Cabral começa a gargalhar quando toma conhecimento de que a autora da emenda que deu origem aos recursos desviados é a deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP), acusada de embolsar parte da grana. A deputada jura que não conhece o Ibrasi, que escolheu essa ONG para desovar a bufunfa, porque soube de sua existência através de panfleto distribuído em evento do Ministério do Turismo. Aí as gargalhadas tomam conta do corpo do velho Cabral.

Os membros da quadrilha do Turismo foram presos. O avô de Rosi Odina vê na televisão o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), criticar como “um exagero” a prisão do ex-deputado pelo PMDB, Colbert Soares e dizer que “o uso das algemas pegou muito mal”. Aí, o vovô lê as declarações da ministra de Relações Institucionais Ideli Salvatti e do ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, primo do Collor de Mello, ambos condenando como abuso a utilização de algemas nos presos e que isso “leva as pessoas a pensarem que o caso é mais grave do que é”.

Crime hediondo

O velho Cabral começa a ter convulsões de tanto rir. Ele constata que todos os envolvidos com corrupção nos ministérios do Turismo, da Agricultura e dos Transportes são indicações dos partidos aliados do governo, que milhões de reais foram sugados do erário público, num escândalo envolvendo altos funcionários e que o vice-presidente da República, a ministra e o ministro que se apressaram em condenar as algemas esqueceram-se de externar qualquer indignação contra o roubo.

Seu riso fica igual ao da Fafá quando lê as outras notícias: “CPI no Paraná descobre rombo de R$ 491 milhões no Porto de Paranaguá, um dos gestores era o irmão do ex-governador Requião”. “Prefeito de Belo Horizonte gasta R$ 900 mil com jatinhos”. “Ministro do Turismo, Pedro Novais, indicado por Sarney, paga motel com dinheiro público”. “Cunhado do governador de SP, Alkmin, denunciado por fraude em escola de Pindamonhagaba”. Não escapam nem os militares: “Fraude no Instituto Militar de Engenharia tem cinco generais sob suspeita”.

É aqui que o velho Cabral morre pela segunda vez, de tanto rir, quando lê que o líder do DEM na Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto – logo quem? - é que quer investigar os corruptos. Consciente de que o desvio dessas verbas é responsável pelos médicos mal pagos, pelas ambulâncias abandonadas, pelos hospitais sem equipamentos e pelos remédios com validade vencida, o velho Cabral morre outra vez antes de saber do lançamento da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção coordenada pelos deputados Francisco Praciano (PT-AM), Paulo Rubem (PDT-PE), Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) e Alessandro Molan (PT/RJ).

A Frente quer que a Câmara aprove projeto tornando crime hediondo os casos de desvios de verbas destinadas à saúde, educação, compra de medicamentos, merenda escolar e saneamento básico. Já morto, vovô Cabral não leu o relatório “Corrupção: custos econômicos e propostas de combate” da Federação das Indústrias de São Paulo, mostrando que se a corrupção fosse reduzida, a quantidade de leitos nos hospitais públicos poderia subir de 367 mil para 694 mil, se poderia construir moradias para 3 milhões de famílias ou levar saneamento básico para 23 milhões de domicílios.

É assim que vovô Cabral morre outra vez, rindo. Rindo de quê? Da nossa própria desgraça coletiva, do fato de boa parte dos homens que ocupam cargos públicos serem verdadeiros bandidos que provocam protestos de indignação quando são algemados. O vovô Cabral morre com saudades do jornal “O Trabalhista”.

O professor José Ribamar Bessa Freire coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas (UERJ), pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Memória Social (UNIRIO). Escreve no Taqui pra ti.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Pelado...nú com a mão no bolso

Não sei o que passou na cabeça de um bombeiro militar do Rio de Janeiro, agora há pouco na entrada do anexo III da Câmara dos Deputados. Gritando palavras de ordem e que a Constituição autorizava o ir e vir, os militares queriam forçar a entrada do grupo na Casa.

Impedidos de entrar, alguns bombeiros revoltaram-se e um deles ameaçou tirar a roupa como forma de protesto.

No final os ânimos foram acalmados e eles voltaram para os locais de acampamento.

Bombeiros militares querem aprovar PEC e acampam na Câmara dos Deputados

Os policiais militares e bombeiros militares que estão acampados desde ontem nos estacionamentos da Câmara dos Deputados iniciaram o dia com carnaval e samba, tentando sensibilizar os parlamentares a votarem pela isonomia salarial das suas categorias.

Ontem, depois de tentarem entrar no Plenário da Câmara, "na marra" e serem impedidos pelos seguranças da Csa, eles foram impedidos de entrar nas dependências da Câmara, tendo que permanecer do lado de fora do prédio, aguardando qualquer solução para a votação de sua PEC.
Uma verdadeira "barricada" foi montada pela Polícia Legislativa nas entradas do prédio principal e anexos II e III da Câmara. Vamos ver como ficam as coisas no restante do dia...

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Grupo paramilitar peruano cerca equipe da Funai na fronteira

(Altino Machado)
A equipe decidiu permanecer na Frente de Proteção Etnoambiental do Rio Envira/Foto: Blog da Amazônia
A equipe decidiu permanecer na Frente de Proteção Etnoambiental do Rio Envira/Foto: Blog da Amazônia

Funcionários da Funai (Fundação Nacional do Índio) permanecem cercados por um grupo paramilitar peruano que invadiu o território brasileiro, na fronteira do Acre com o Peru. Os peruanos estão armados com fuzis e metralhadoras.

Os quatro funcionários e o sertanista José Carlos dos Reis Meirelles, que trabalha para eles, foram levados em helicóptero durante operação da Polícia Federal nesta sexta-feira (5).

A equipe decidiu permanecer na Frente de Proteção Etnoambiental do Rio Envira, mantida pela Funai no igarapé Xinane, na tentativa de proteger os índios isolados da região.

Com base nos vestígios encontrados na floresta, a equipe da Funai estima a presença de pelo menos cinco homens em mais de um grupo paramilitar.

Os peruanos rondam a base e deixam os funcionários em situação de extrema vulnerabilidade em caso de conflito armado. A situação não depende mais da ação da Funai, pois se configura uma questão de segurança nacional.

- Estamos ainda com os peruanos próximos nos espreitando. Avistamos rastros de seis pessoas hoje cedo, atrás da base. Estamos apenas com uma espingarda velha e dois rifles calibre 22. Mas se tem o pessoal da PF aqui, a gente tinha pego os invasores hoje - relatou o chefe da Coordenação Geral de Índios Isolados e de Recente Contato (CGIIRC) da Funai, Carlos Travassos.

A equipe da Funai na Frente de Proteção Etnoambiental dispões de telefone e computador conectado à internet.

- O tempo nosso em frente ao computador está curto. Não é fácil ficar com um olho no monitor e outro nos peruanos. Eles estão ainda aqui. São mais de um grupo, de cinco ou seis pessoas. Estão nos monitorando e nós a eles. A galera que está aqui é toda mansa na mata. Mas a chapa está quente. Mande bala aí, como puder. Temos internet e telefone por aqui - relatou o sertanista José Carlos dos Reis Meirelles ao Blog da Amazônia.

A documentarista Maria Emília Coelho, que sobrevoou a região durante operação da  Polícia Federal na sexta, disse que os funcionários da Funai se queixam que a PF não permaneceu na base para garantir a proteção da fronteira.


Apelo

O sertanista José Carlos dos Reis Meirelles divulgou nesta tarde uma mensagem sobre a situação na área:

“A todos,

Vocês já sabem das notícias. Vão as últimas.

Desculpem por mandar pra todo mundo, mas o tempo pra ficar no notebook aqui tá curto. Um olho na tela e outro nos peruanos não dá.

Seguinte:

1 - Pela quantidade de vestígios aqui ao redor, temos certeza que os caras se dividiram em grupos de 5 ou 6 e estão fazendo uma verdadeira varredura aqui ao redor da base.

2 - Os isolados não andaram aqui não. As coisas que desapareceram daqui indicam que não foram eles.

3 - Cremos também que junto desses peruanos existam índios sim, contatados de lá.

4 - A gente conhece apito de índio remedando bicho. Parece que tem uma reunião de nambú azul aqui por perto.

5 - Se esses caras estão procurando alguma coisa, ainda não acharam.

6 - Todo mundo que está aqui ( nós cinco gatos pingados) é manso na mata, como eles.

7 - O nome de nosso dois mateiros: Francisco Alves da Silva Castro o  Marreta. Francisco de Assis Martins de Oliveira - O Chicão.

8 - O dia que a Funai descobrir que um homem como eles, valem por 20 indigenistas e 20 sertanistas, talvez resolva contratá-los, sem concurso público, pois são analfabetos, mas os maiores doutores da mata que conheço, talvez a segurança dos índios isolados possa ser melhor conduzida.

Permaneceremos aqui, dê o que dê, até que o Estado Brasileiro decida RESOLVER DE VEZ esse absurdo!!!! Não pra proteção nossa.

PARA PROTEÇÃO DOS ÍNDIOS!!!!!!

Quem não tiver atualizado, por favor procure sites e tal que já tá no mundo.

Quem puder reclamar, pressionar etc., será bem vindo. Os isolado agradecem.

Um grande abraço a todos da nossa equipe de ” irresponsáveis”, como estamos sendo chamados.

Pensem bem: Quem é o irresponsável mesmo.

Meirelles”

Governador teme violência dos peruanos contra indios isolados no Acre

O governador do Acre, Tião Viana (PT), considera “grave” a situação na fronteira com o Peru, onde grupos paramilitares peruanos, armados com fuzis e metralhadoras, cercaram cinco funcionários da base da Frente de Proteção Etnoambiental, mantida pela Funai (Fundação Nacional do Índio), no igarapé Xinane.

A região é habitada por quatro etnias de índios isolados, que ficaram conhecidos mundialmente quando foram fotografados pela primeira vez. As imagens de dois guerreiros atirando flechas no avião da equipe da Funai, publicadas com exclusividade por Terra Magazine, em maio de 2008, tiveram enorme repercussão dentro e fora do País.

Preocupado com a segurança da equipe da Funai na região e com a possibilidade de que os índios isolados tenham sido alvo de violência dos grupos paramilitares peruanos, o governador telefonou para o ministro da Justiça, o diretor-geral da Polícia Federal, o presidente da Funai e o general do Exército José Elito Carvalho Siqueira, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.
(Blog da Amazônia)

PERUANOS CERCAM EQUIPE DA FUNAI

Funcionários da Funai (Fundação Nacional do Índio) permanecem cercados por um grupo paramilitar peruano que invadiu o território brasileiro, na fronteira do Acre com o Peru. Os peruanos estão armados com fuzis e metralhadoras.

Os quatro funcionários e o sertanista José Carlos dos Reis Meirelles, que trabalha para eles, foram levados em helicóptero durante operação da Polícia Federal nesta sexta-feira (5).

A equipe decidiu permanecer na Frente de Proteção Etnoambiental do Rio Envira, mantida pela Funai no igarapé Xinane, na tentativa de proteger os índios isolados da região.

Com base nos vestígios encontrados na floresta, a equipe da Funai estima a presença de pelo menos cinco homens em mais de um grupo paramilitar.

Os peruanos rondam a base e deixam os funcionários em situação de extrema vulnerabilidade em caso de conflito armado. A situação não depende mais da ação da Funai, pois se configura uma questão de segurança nacional.

sábado, 6 de agosto de 2011

GRUPO PARAMILITAR PERUANO INVADE O ACRE

 



Ao assumir o cargo de ministro da Defesa, Celso Amorim terá que lidar com um problema recorrente no extremo-oeste do país: um grupo paramilitar peruano invadiu o território brasileiro, na fronteira do Acre com o Peru, na área dos índios isolados, onde a  Funai (Fundação Nacional do Índio) mantém a Frente de Proteção Etnoambiental do Rio Envira.

A Polícia Federal realizou nesta sexta-feira (5) a operação com uso de helicóptero no igarapé Xinane, onde a Funai mantém uma base, mas conseguiu prender apenas o português Joaquim Antonio Custodio Fadista, de 57 anos.

Fontes da Superintendência da Polícia Federal no Acre confirmaram a operação, mas assinalaram que não podem se manifestar a respeito dela.

- O assunto é sensível porque envolve a segurança nacional e a relação dos dois países. Aguardamos autorização de Brasília para divulgar relato e imagens da operação - disse uma das fontes da PF.

O sertanista José Carlos dos Reis Meirelles contou que a operação foi muito rápida e todos que dela participaram já se deixaram a fronteira.

- Já que ninguém deste Estado brasileiro se dispõe a ficar aqui, tomamos a decisão, Carlos Travassos, coordenador dos isolados, Artur Meirelles, coordenador da Frente de Proteção Etnoambiental, eu, e dois mateiros nossos, Marreta e Chicão, de vir pra cá. Fomos deixados pelo helicóptero da operação - relatou o sertanista.

Em março, o português Joaquim Fadista foi detido pelo pessoal da Frente de Proteção Etnoambiental por tráfico internacional de droga. Entregue à PF, foi extraditado, mas voltou para a região.

Fadista já era procurado pela Polícia Nacional Peruana por tráfico de drogas quando foi preso pela primeira vez. Na ocasião, ao ser abordado, jogou no leito do Rio Envira uma mochila contendo supostamente 20 quilos de cocaína. 

Mensagem do sertanista

Direto da base da Funai, José Carlos dos Reis Meirelles enviou uma mensagem sobre a operação da Polícia Federal. Segundo o sertanista, o traficante português voltou com um grupo de pessoas cuja quantidade é desconhecida.

Eis o relato do sertanista: 

“A todos companheiros de luta e família,

Como o tempo é curto e é muita gente, me desculpem misturar familiares e trabalho.

Como todos sabem a nossa base do Xinane foi invadida por um grupo paramilitar peruano, onde foi preso por uma operação da polícia federal, um único integrante. O famoso Joaquim Fadista, que já tinha sido pego aqui por nosso pessoal, foi extraditado e voltou. Com um grupo de pessoas cuja quantidade não sabemos.

A operação foi muito rápida e hoje todo mundo foi embora. Nossa base ficou só de novo.

Já que ninguém deste Estado brasileiro se dispõe a ficar aqui, tomamos a decisão, Carlos Travassos, coordenador dos isolados, Artur coordenador da frente, Eu, e dois mateiros nossos, Marreta e Chicão, de vir prá cá.

Fomos deixados pelo helicóptero da operação.

Os caras ainda estão por aqui. Correram quando o helicóptero chegou. Rasto fresco e cortado de hoje. Se o povo da PF ou exercito estivesse aqui a gente pegava todo mundo.

Mas parece que as coisas não são bem assim. Talvez se esse grupo tivesse invadido algum canteiro de obra o PAC, metade do exército já estaria lá.

Mas como é uma basezinha da Funai, área de índios isolados…

O fato é que aqui ficaremos até que alguém ache que uma invasão do território brasileiro por um grupo paramilitar peruano, é algo que mereça atenção.

Somos irresponsáveis. Talvez. Mas antes de tudo existe um compromisso maior com os índios isolados e os contatados nossos vizinhos Ashaninka.

Não temos resposta pra tudo isso. Mas estamos bem perto das perguntas.

Permaneceremos aqui. E nem venham nos buscar para abandonar a base de novo e nem venham aqui passar dois dias.

Se vierem venham pra resolver o problema.

Caso contrário, a gente mesmo vê o que faz.

Um abraço a todos”
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(Blog do Altino Machado)

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Ladrão que rouba ladrão...mas polícia que rouba ladrão?

Em Rondônia, criminosos que cumprem pena na Penitenciária Estadual Edvan Mariano Rosendo, o Urso Panda, foram literalmente roubados. Exatamente R$ 8.526,03 provenientes da central de flagrantes e dos presidiários que trabalham em atividades remuneradas no interior do Panda sumiram misteriosamente do cofre do presídio.
Os presos pediram para receber o dinheiro e, quando o cofre foi aberto, estava vazio.
A Secretaria de Justiça mandou apurar os fatos


A SECRETARIA DE ESTADO DE JUSTIÇA, no uso de suas atribuições legais,

CONSIDERANDO o Ofício, nº 1077-11/DIR.SEG/ P.E.M.R/SEJUS, de 11 de julho do corrente ano, que encaminha documentos, versando sobre a ocorrência de retenção pela Direção da Penitenciária Estadual Edvan Mariano Rosendo, de valores em dinheiro de apenados provenientes da Central de Flagrantes, bem como de apenados que laboram em atividades remuneradas no interior da referida Unidade Prisional, para serem guardados no Cofre situado no setor de armamentos. Entretanto, os valores, num montante de aproximadamente R$ 8.526,03(oito mil quinhentos e vinte e seis reais e três centavos) foram reclamados pelos apenados e quando o referido cofre foi aberto, nenhum valor foi encontrado no seu interior, ou seja, estava completamente vazio.

RESOLVE:

DETERMINAR a instauração da Sindicância Administrativa Disciplinar para apuração dos fatos em toda sua extensão.

NOMEAR os servidores Antonio Carlos da Silva Vieira, Cadastro nº 300037849, e Marli Ramos da Silva, Cadastro nº300017036, para sob a Presidência do primeiro, conduzirem os trabalhos do apuratório.

REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE e CUMPRA-SE.

MIRIAN SPREÁFICO

Secretária de Estado de Justiça

PORTARIA Nº 608/11/GAB/SEJUS, de 25 de maio de 2011.
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Do TudoRondônia

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O Vietnã é aqui...

Não bastasse o desmate tradicional, que nos coloca numa situação de reféns da natureza para os próximos anos, alguns proprietários rurais do Amazonas estão inovando para acabar com a floresta e poderem utilizar a terra para pastagem ou plantação de soja.
Viajando um pouco no túnel do tempo, lembramos que os EUA, ao se sentirem impotentes contra os vietnamitas, na guerra que durou de 1959 a 1975, resolveram acabar com as florestas (habitat que dava a vantagem aos viets) jogando bombas de napalm (Napalm é um conjunto de líquidos inflamáveis à base de gasolina gelificada, utilizados como armamento militar).

Nossos proprietários rurais do Amazonas, não podendo usar o poderoso napalm, optaram por utilizar herbicidas poderosíssimos que, lançados de aviões pulverizadores, desfolham toda a floresta em questão de dias e secam as árvores.

O caso só está tendo repercussão por que envolve grandes interesses econômicos, já que é um método bastante caro e altamente prejudicial ao meio ambiente.

No início de julho, o Ibama, segundo o repórter Eduardo Carvalho, da revista Globo Natureza, apreendeu quatro toneladas desse tal herbicida em uma estrada do município de Novo Aripuanã (AM).

Caso não sejam tomadas providência reais e imediatas, outros proprietários poderão seguir o mesmo rumo e teremos dentro de pouco tempo, não só áreas desérticas, mas populações geneticamente transformadas.

Governo Dilma garante Linhão de energia para Cruzeiro do Sul

O secretário-executivo do Ministério das Minas e Energia, Márcio Zimmermann, anunciou ontem ao governador Tião Viana que seu ministério aprovou o projeto de construção do Linhão de energia elétrica em direção ao Vale do Juruá.
Estimado em cerca de R$ 300 milhões, o Linhão havia sido solicitado pelo governador em fevereiro deste ano, e ontem, para sua surpresa, veio o anúncio da obra, que vai ligar os municípios do Juruá ao Sistema Interligado Nacional (SIN), que gerencia mais de 96% de toda a energia elétrica de qualidade gerada no país.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Quase tudo pronto para a ligação por terra com o Peru

IntegraçãoIr do Brasil à costa do Peru, por terra, ficou mais fácil. Foi inaugurada na semana passada, em Puerto Maldonado, no país vizinho, a ponte que integrará as malhas de estradas dos dois países e dará aos exportadores brasileiros a alternativa de saída pelo Oceano Pacífico, via Acre. Essa ponte é sobre o Rio Madre de Díos. Era a conexão que faltava para a integração com o Pacífico. A foto é do advogado Cassiano Marques, ex-secretário de Esporte e Turismo. (Página 20)

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Deputada demite por fax servidora que vendia bolos para aumentar renda‏

Brasília-Agência Congresso - A deputada federal Lauriete Almeida (PSC-ES) demitiu por fax uma servidora sua acusada de vender pão de queijo e bolo usando e-mail institucional da Câmara.

Uma nota da coluna Vitor Hugo de A Gazeta denunciou o fato. Ao tomar conhecimento da notícia a deputada, por telefone, mandou seu chefe de gabinete comunicar a demissão com o aviso de que \"amanhã nem precisa trabalhar mais\".

Como se trata de cargo de confiança, a servidora é demitida sem direito a nada, só os dias trabalhados do mês de julho. Ela ganhava R$ 2 mil para atuar como secretária.

Graziele Alves contou para a Agência Congresso que usou o e-mail apenas para fazer divulgação, e que não comercializava nada no gabinete, o que é proibido.

Disse ainda que mora em Samambaia, distante do Plano, e que não havia vendido sequer um pão, já que fez apenas a divulgação da atividade que seria exercida pelo primo do marido dela.

Ëu não ir vender nada. Apenas anotar os pedidos e ele entregaria. Fui ajudar um desempregado e perdi o emprego\", afirmou. Ela estava no cargo há sete meses.

Antes de trabalhar com Lauriete, Grazielli trabalhou para outro parlamentar evangélico, Neucimar Fraga (PR), que deixou o cargo após ser eleito prefeito de Vila Velha.

Com o suplente de Neucimar, capitão Assumção (PSB), Grazile também trabalhou por dois anos. Ela admitiu que ganharia comissão nas vendas dos bolos e pães \"para melhorar a renda\".


O pior é que alguns parlamentares não vendem pães ou bolos, mas emendas...

terça-feira, 12 de julho de 2011

Ji-Paraná em Rondônia é a cidade com mais motos do Brasil

O IBGE, em parceria com Denatran, realizou um levantamento no fim de 2010 que revelou as dez cidades com mais motos por pessoa. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, a cidade de São Paulo, por exemplo, não faz parte desta lista. Aliás, apenas três cidades do Estado de São Paulo estão entre as dez, mas todas no interior. Quem encabeça a relação é uma cidade em Rondônia (Ji-Paraná), seguida por uma em Tocantins (Araguaína). Completando o pódio desta lista vem Araçatuba, localizada no interior de São Paulo. Segue abaixo a relação com as dez cidades com mais motos por habitante, segundo o IBGE/Denatran.

1 – Ji-Paraná (RO): 26,4 motos a cada 100 habitantesLocalizada em Rondônia, Ji-Paraná possui uma população de 116.610 habitantes, sendo apenas a 225ª cidade mais populosa do Brasil. O nome do município é de origem indígena e significa rio-machado. Ji-Paraná também é conhecida como o Coração de Rondônia, devido à localização da cidade na região central do estado e a presença de uma ilha, com o formato que lembra um coração, perto dos rios Machado e Urupá. Um motivo que pode levar os habitantes de Ji-Paraná a se locomover tanto de moto é o clima. As temperaturas médias anuais variam entre 24º e 26°C, podendo marcar máximas de 33°C.

2 – Araguaína (TO): 25,8 motos a cada 100 habitantesNos primeiros anos de vida do Estado do Tocantins, quando foi estabelecida a Constituição de 1988, Araguaína era a maior cidade do Estado e a provável capital, mas acabou perdendo o posto para Palmas. Atualmente com 150.520 habitantes, a cidade passou a ser a segunda maior população do Tocantins, de acordo com o Censo 2010. A economia se baseia na pecuária e na agricultura e a cidade se orgulha de ter três frigoríficos de referência nacional: Bertin, Minerva e o Boiforte. O transporte coletivo em Araguaína está a cargo da Viação Lontra, que não possui uma frota ampla e condizente com as necessidades nos moradores da cidade. Por isso, talvez, a moto seja um veículo muito utilizado por lá e são os números de habitante/moto que colocam Araguaína na segunda colocação deste ranking.

3 – Araçatuba (SP): 24,6 motos a cada 100 habitantesPróxima do rio Tietê, considerado limpo na região, Araçatuba é a primeira cidade não-ribeirinha do estado de São Paulo a captar água diretamente deste rio. Ainda está sobre o Aquífero Guarani, a maior reserva de água doce do mundo e é cortada pelo Ribeirão Baguaçu, que abastece parte do município. Em Araçatuba, 100% do esgoto é tratado antes de ser lançado nos cursos de água. A história de Araçatuba está ligada intrinsecamente à construção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, visando a interiorização do País. Como hoje em dia o Brasil abandonou a política ferroviária, os moradores de Araçatuba resolveram se locomover de moto e, por isso, estão em terceiro lugar do Brasil em número de habitantes por moto.

4 – Birigui (SP): 24,6 motos a cada 100 habitantesBirigui é uma das principais cidades da região oeste paulista, podendo ser acessada pela rodovia Marechal Rondon (SP-300). É conhecida como a capital latina do calçado infantil, por ser o maior pólo industrial da América do Sul especializada neste segmento. Conta com 459 indústrias de calçados e teve faturamento estimado no ano de 2006 de mais de R$ 800 milhões, tendo produzido cerca de 57 milhões de pares. Quase 85% de sua produção é direcionada ao público infantil. Do total, 11,7% foram exportados em 2006, atingindo mais de 70 países. As indústrias de Birigui empregam em torno de 18 mil trabalhadores, mais de 60% dos empregos oferecidos na cidade. E para ir ao trabalho e voltar, muitos moradores de Birigui utilizam a motocicleta como meio de transporte, em proporção, mais que a capital do seu estado.

5 – Rondonópolis (MT): 24 motos a cada 100 habitantesO município de Rondonópolis é cortado pelas rodovias federais BR 364 e BR 163, as mais importantes vias de escoamento da produção e ligação do Mato Grosso e região Norte com o Sul do país. Esta localização estratégica faz com que Rondonópolis se consolide a cada ano como Pólo Industrial do Centro-Oeste. Daqui a alguns anos os trilhos da Ferronorte devem chegar próximos à cidade e impulsionar ainda mais o desenvolvimento da região devido entre outros fatores, à implantação do Porto Seco. O Porto Seco, que é uma zona exportadora, vai reduzir os custos de exportação da produção local e estadual. Sua população em 2010 foi estimada em 202.045 habitantes e a cada cem habitantes, 24 possuem uma moto.

6 – Sinop (MT): 22,5 motos a cada 100 habitantesSinop, além de ficar no Mato Grosso e ser a cidade do goleiro Rogério Ceni, é conhecida no universo das duas rodas por ser a cidade natal do piloto de freestyle Gilmar Flores, o Joaninha. A principal atividade econômica é a prestação de serviços, com grande destaque também para o setor pecuário (bovinos e suínos), cultivo de algodão e cereais (soja, milho e arroz) e indústria madeireira. Inspiração de Joaninha ou não, Sinop está na sexta colocação desta lista, com 22,5 motos a cada cem habitantes.

7 – Rio Claro (SP): 20,5 motos a cada 100 habitantesA ótima localização coloca Rio Claro como uma das cidades mais importantes do interior de São Paulo. Rio Claro fica na região de Campinas, a 240 km do porto de Santos, 85 km do Aeroporto Internacional de Viracopos, 200 km do Aeroporto Internacional de Guarulhos e a 190 km capital paulista. A cidade foi fundada com o nome de "São João Batista do Ribeirão Claro", nome que foi mais tarde alterado para São João do Rio Claro, e por força da Lei Estadual nº 975, de 20 de dezembro de 1905, teve sua denominação alterada para Rio Claro. Por estar tão bem localizada, Rio Claro tem muitas motos, pois convenhamos, é bem mais fácil ir de moto para o aeroporto ou visitar a capital, não é?

8 – Brusque (SC): 20,2 motos a cada 100 habitantesA primeira representante da região Sul do País fica no estado de Santa Catarina. A população de Brusque, recenseada em 2010, é de 105.495 habitantes, sendo a 11ª maior cidade em população no Estado. Brusque possui um sistema de transporte público precário, onde as únicas duas empresas que operam na cidade não renovam a frota da maneira que a população merece. Não há abrigo para a população esperar o transporte e os horários são ruins. As grandes empresas são obrigadas a terceirizar o transporte de seus empregados em razão do deficiente sistema de transporte público. Mesmo sendo uma das regiões mais ricas do País, o município sofre com o transporte, talvez por isso, 20,2 pessoas em cada cem têm uma motocicleta.

9 – Palmas (TO): 20 motos a cada 100 habitantesPalmas foi fundada em 20 de maio de 1989, logo após a criação do Tocantins pela Constituição de 1988 e, além da capital, é a maior cidade do Estado de Tocantins. Após mais de vinte anos, sua população chega aos duzentos mil habitantes. Hoje em dia, 70% das quadras habitadas já estão pavimentadas. O mesmo ocorre com saneamento básico e água tratada que chega a 98% da população. De um modo geral a cidade é caracterizada pelo seu planejamento, pois foi criada quase na mesma forma de Brasília, com a preservação de áreas ambientais, boas praças, hospitais e escolas. Segunda capital mais segura do Brasil — superada apenas por Natal —, 20% de sua população possui uma moto.

10 – Parnaíba (PI): 19,9 motos a cada 100 habitantesParnaíba está localizada no Piauí e possui uma população de mais de 146 mil habitantes. Desta forma, é a segunda cidade mais populosa do Estado, perdendo apenas para a capital Teresina. Carinhosamente, a cidade também é conhecida como a "Capital do Delta", pois é o portal de entrada para quem quer conhecer o único delta em mar aberto das Américas: o Delta do Parnaíba. A principal atividade econômica de Parnaíba é a exportação de cera de carnaúba, óleo de babaçu, gordura de coco, folha de jaborandi, castanha de caju, algodão e couro. E é no estado do Piauí que a lista de cidades com mais motos por pessoa acaba, lembrando que o levantamento feito pelo IBGE e o Denatran e levou em consideração municípios com mais de 100 mil habitantes.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Avião fretado pelo governo do Acre para atender pacientes do TFD carrega frangos para irmão de prefeito

A denúncia de que um avião fretado pelo governo do Acre para o transporte de passageiros pelo TFD estaria sendo usado no transporte de frangos para fomentar o negócio de um irmão do prefeito Neuzari Pinheiro, vem do município de Porto Walter, localizado no oeste do Estado do Acre.

O vereador Arnoldo Lima [PMDB], disse que um dos voos que atende o Tratamento Fora do Domicílio que veio à cidade pegar seis passageiros, trouxe na carga, caixas de frango que foram entregues ao irmão do prefeito Neuzari Pinheiro, o empresário Aremilton Pinheiro, dono de um restaurante.
O peemedebista suspeita, a partir desta constatação, que a prática seja uma rotina, já que o avião semanalmente faz viagens à cidade no transporte de ida e volta dos passageiros. A informação foi repassada ao vereador através dos próprios passageiros que ficaram indignados com o que viram.
Arnoldo deve formalizar a denúncia na sessão de hoje (01) se houver quórum. Segundo Arnoldo, este semestre, só ocorreram três sessões. O regimento interno determina a realização de uma sessão por semana. O vereador prepara um dossiê com outras denuncias graves contra o prefeito Neuzari Pinheiro.
O vereador não informou o nome da empresa que atende o convênio com o TFD.
Jairo Carioca – da redação de ac24horas

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Raul Lima discute BR-174 com presidente da Funai


O deputado federal Raul Lima (PP-RR) foi recebido nesta quarta-feira (29), em audiência pelo presidente da Funai, Márcio Meira, a fim de tratar a respeito da abertura da BR-174, rodovia internacional que une o Brasil à Venezuela. A BR-174 é fechada todos os dias, às 18h00, sendo aberta apenas às 06h00 do dia seguinte.
O presidente da Funai mostrou-se receptivo à exposição de argumentos, informando inclusive ao representante roraimense que o órgão colocou um funcionário junto aos gabinetes, no Congresso Nacional, para estabelecer maior aproximação e contato com deputados federais e senadores.
Ao defender menor período de tempo para o fechamento da estrada, o deputado explicou que medidas tomadas ao longo de recentes anos dão suporte a esta posição. “Além do crescimento populacional”, afirmou, “a Capital, Boa Vista, tornou-se Área de Livre Comércio, bem como o município de Bonfim, fronteira com a Guiana”.
Na opinião de Raul Lima, outro fator a exigir análise mais aprofundada com relação à abertura da BR-174 é o que aponta para a entrada da Venezuela no Mercosul (falta apenas a aprovação do Paraguai), implementando naturalmente o fluxo de veículos entre os dois países.
“A soma de todos esses elementos deixa bem clara a necessidade de se fazer novo exame com relação ao horário que hoje é aplicado”, disse o parlamentar. Ele acredita que o governo federal terá sensibilidade suficiente para solucionar dificuldades existentes, “especialmente por conta de novo quadro econômico que se desenha”.
Raul Lima se colocou à disposição do presidente da Funai para acompanhá-lo em viagem ao local da reserva indígena Waimiri-Atroari, a fim de estudar o que poderá ser feito no sentido de preservar o meio ambiente e evitar efeitos nocivos que um maior fluxo de veículos poderá ocasionar.
O presidente da Funai concordou com algumas das posições do deputado e ficou de estabelecer novo contato para aprofundar o debate. Raul Lima defendeu junto a Márcio Meira, inclusive, a possibilidade de construção de telas de proteção ou canais subterrâneos para a passagem de animais, evitando-se mortes por atropelamentos.

terça-feira, 28 de junho de 2011

exemplo a ser seguido: Vereador do Jordão leva mais de 12 horas para chegar à Câmara de jegue

vereador_no_jegueIr para o trabalho de jumento não é nada normal, ainda mais para um parlamentar. É isso mesmo. No Jordão, município distante 790 quilômetros de Rio Branco, o vereador Bibil Aragão, (PT), vai para a Câmara Municipal montado em um burro. Não é protesto. É que o vereador mora no seringal Novo Porto, às margens do rio Murú, distante 46 quilômetros da cidade do Jordão, onde só é possível ir e vir a pé, de barco ou em lombo de animal.
Em transporte fluvial, Bibil Aragão levaria dias para chegar à sede do município, e a pé também.
De jegue ele gasta doze horas de viagem, isso na época de verão, por um caminho no meio da floresta, e passa por quatro igarapés. "As dificuldades são imensas", conta o vereador, que ainda tem que dar uma "mãozinha" para o burro subir os barrancos.
Em época de chuvas passa mais tempo viajando. Às vezes dorme em casas de conhecidos pelo caminho. Almoça, toma café e janta.
Bibil Aragão está em seu terceiro mandato. Em sua última reeleição obteve 139 votos. Na primeira, 111.
vereado
A comunidade onde mora tem cerca de quinhentos habitantes, onde vivem da agricultura. No local, ele é dentista prático. Hoje não pode mais exercer a profissão, e pela simpatia e disposição em ajudar as pessoas conseguiu se eleger vereador.
Seu salário é de R$ 1.800. Ele conta que com o dinheiro além de sustentar a família ajuda quem mais precisa. "A gente reparte o que a gente ganha lá no seringal. É um povo muito necessitado", diz.
O vereador Bibil tem 65 anos. O jegue está com ele há onze. Chegou a comprar outro, mas não deu certo.
"É, a gente não pode deixar o amor antigo pelo novo. Comprei um burro novo, mas ele é mais alto e não tem costume de andar muito como o outro. O outro é mais baixinho e dá para andar sem dor nas costas", conta o vereador.
Para participar das quatro sessões mensais, Bibil viaja no começo e final de cada mês.
O jumento amarrado em frente à câmara não chama mais tanto atenção. Quem mora no pequeno município, com população de aproximadamente quatro mil habitantes, está acostumado com o transporte do vereador.
"Tem vereador que mora aqui na cidade e falta de duas a três sessões. Eu venho de longe para cumprir com o meu mandato. Não gosto de falta meu trabalho", diz Bibil.
Em viagens como as que o parlamentar faz não é inusitado ver animais como onças.
Ele diz, entretanto, que nunca durante os onze anos de suas idas e vindas viu esse tipo de felino. "O pessoal já viu, mas eu só vejo o rastro da bicha".
É muita sorte do vereador que viaja apenas na companhia de seu jumentinho.
Fonte: oAltoAcre

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Governador Confúcio quer dar 600 milhões de reais de presente às construtoras das usinas

Não se sabe porque cargas dágua o Governador Confúcio Moura quer abrir mão de aproximadamente 600 milhões de reais em impostos, nas compras de equipamentos por parte das empresas construtoras das usinas de Jirau e Santo Antônio.

Enquanto todos os Estados brigam para melhorar suas arrecadações, Rondônia parece navegar num oceano de grana.

Mas agora os municípios se revoltaram com a situação e mandaram um recado para o governador de que ele não pode simplesmente abrir mão de um dinheiro que fará, e muito, diferença nas diversas obras a serem executadas em todo o estado.

O posicionamento dos prefeitos foi levantado nesta semana pela Associação Rondoniense de Municípios (AROM), após tomar conhecimento do Convênio nº 47/2011 e Lei 2.389/2011, que autoriza o Estado a conceder isenção do tributo aos consórcios empreiteiros. Com a renúncia, Rondônia perde cerca de R$ 600 milhões.

A AROM fará um encaminhamento ao Governador do Estado explicando que os municípios são contrários a isenção dos repasses do referido tributo de 25% aos cofres das prefeituras  conforme informou o presidente da entidade, prefeito Laerte Gomes, de Alvorada do Oeste. O municipalista adverte para a insuficiente receita com que os gestores contam para administrar e que, por tanto, não há possibilidade alguma de renúncia de recursos.

Marina Silva pede para sair do PV

Sem conseguir promover mudanças no comando do partido, ex-ministra deixa  a sigla nesta semana
Marina Silva, a mulher de saúde frágil que aprendeu a ler aos 16 anos e quase virou freira, sonha em ser presidente do Brasil. Acreana do vilarejo de Breu Velho, pobre e filha de seringueiros, Marina entrou na política em 1985, aos 27 anos, por influência do ambientalista Chico Mendes, com quem fundou o PT no Estado. A militância em favor dos seringueiros a levou rapidamente à Câmara de Vereadores de Rio Branco e, em seguida, à Assembleia do Acre. Em 1994, aos 36 anos, tornou-se a senadora mais jovem da história do país. Sempre com a causa verde na ponta de sua afiada retórica, em 2003 Marina virou ministra do Meio Ambiente do governo Lula – e começou a cobiçar a Presidência da República. No PT, porém, suas chances de disputar o cargo seriam nulas.
Em nome da utopia, Marina fez uma escolha pragmática. Convidada a ser candidata à Presidência, aceitou filiar-se ao Partido Verde, o PV, uma pequena legenda identificada não apenas com a agenda ambientalista – mas também com propostas liberais, como a legalização da maconha e do aborto. Marina, que se convertera à religião evangélica em 1997, ignorou as latentes tensões entre suas convicções religiosas e as posições liberais da plataforma verde. Apesar do bom desempenho na campanha presidencial do ano passado, não deu certo. Dois anos e 19,5 milhões de votos depois, Marina decidiu: deixará o PV. O anúncio ocorrerá nesta semana.
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BRIGAS entre Marina e José Luiz Penna, que controla o PV há mais de dez anos, começaram na campanha de 2010
A união entre Marina e o PV começou com promessas e terminou em desilusões. Desilusões produzidas, sobretudo, ao sabor das inevitáveis divergências de uma campanha eleitoral. Marina e o PV, especialmente por meio de seu presidente, José Luiz Penna, discordaram em quase tudo nas eleições. Aos poucos, sua campanha separou-se da estrutura do partido. Os problemas começaram na arrecadação de dinheiro. O vice da chapa, o empresário e fundador da Natura, Guilherme Leal, centralizou os trabalhos de coleta de recursos. Os tradicionais arrecadadores do PV se incomodaram com a resistência de Leal aos métodos tradicionais – e heterodoxos – de financiamento de campanhas no Brasil, do qual o partido nunca foi exceção. Um dos dirigentes do PV conta como anedota o dia em que Marina mandou devolver uma mala de dinheiro “não contabilizado”, em linguajar delubiano, ao empresário paulista que o havia enviado.
O segundo ponto de atrito entre Marina e o PV deu-se em razão da entrada de líderes evangélicos na organização política da campanha. Pastores da Assembleia de Deus, igreja de Marina, influenciavam decisivamente na elaboração da agenda da candidata. A força deles no comando da campanha não casava com o perfil histórico do PV. Se em sua plataforma e em seu discurso o PV era favorável à legalização da maconha, do aborto e do casamento gay, era uma clara incoerência que sua candidata à Presidência se colocasse contra essas posições. O PV temia perder o eleitorado urbano, moderno, descolado. As lideranças evangélicas argumentavam que isso não seria um problema e prometiam trazer 40 milhões de votos para a candidata, caso a campanha se voltasse aos eleitores evangélicos.

Marina quer criar um partido para concorrer novamente à Presidência nas eleições de 2014

Era tão difícil conciliar a dualidade entre os evangélicos de Marina e os liberais do PV que, até o meio da campanha, Marina cumpria duas agendas: uma política, com as tradicionais visitas a prefeitos e comícios, e outra religiosa, que incluía reuniões em igrejas com pastores. Marina sofria pressão dos evangélicos para que não visitasse terreiros de umbanda e candomblé. Na pré-campanha, ela aquiesceu. Em seguida, porém, a candidata foi convencida a gastar menos tempo com os eventos religiosos – e mais em busca de votos.
Ao longo da campanha, Marina não abdicou dos jejuns religiosos que costuma fazer pelo menos uma vez por mês. Alguns próceres do PV consideram os jejuns uma irresponsabilidade de Marina, em função de sua instável saúde – ainda jovem, ela foi contaminada por metais pesados e acometida por graves doenças, como malária e hepatite. Em entrevista a ÉPOCA, há um mês, ela se irritou diante de uma pergunta sobre esse tipo de crítica. “A minha vida espiritual é assim desde que me entendo por gente. Se um critério para ser do PV é abandonar minha vida espiritual, então já sei pelo que vou optar. Vivo a minha fé e visitar igrejas faz parte da minha fé. Sou missionária da Assembleia de Deus”, disse Marina.
O terceiro motivo para o desgaste entre Marina e o PV foi político. Apesar de ter rompido com o PT, Marina mantém uma relação ambígua com o ex-presidente Lula. Suas recusas em criticar Lula publicamente durante a campanha provocaram estremecimentos entre a candidata e Guilherme Leal. Leal é simpático ao PSDB e doou dinheiro para a campanha do tucano Geraldo Alckmin à Presidência, em 2006. Por outro lado, Marina contrariou aliados ex-petistas quando decidiu não usar uma campanha em vídeo preparado por seu marqueteiro cujo slogan era “Marina, a verdadeira sucessora de Lula”. “A campanha era maravilhosa, impactante, contava a trajetória de vida dos dois, a proximidade deles”, diz um aliado. Marina mantém sua decisão: “Acho pretensioso, poderia parecer pretensioso (o vídeo). Eu tenho muita consciência do meu tamanho”.
O resultado da eleição confirmou que Marina é, ao menos em votos, a maior terceira via que o país já teve desde a redemocratização. Confirmou, também, que não havia lugar para Marina no PV – e no PV para Marina. “Não houve nenhuma sinalização do PV de que os compromissos com ela serão cumpridos, então não há condições de que ela permaneça filiada”, afirma João Paulo Capobianco, coordenador da campanha de Marina. Ele a acompanhará na desfiliação nesta semana, ao lado de outras lideranças do PV. A saída do partido não significa que Marina desistiu do sonho de ser presidente. Ela pretende criar um partido para se candidatar novamente, em 2014.
Revista Época

terça-feira, 21 de junho de 2011

Governador de Roraima pode perder o cargo ainda hoje

O Governador do Estado de Roraima, José Anchieta Junior, poderá sair do cargo ainda hoje. Anchieta foi cassado pelo TRE de Roraima acusado de usar ilegalmente a rádio estatal (Rádio Roraima) para promover sua campanha ao governo do estado nas eleições passadas.

Anchieta permanece no cargo por força de uma liminar concedida ao recurso que impetrou contra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE) que cassou seu mandato em fevereiro.

Anchieta Júnior assumiu o cargo em 2007, após a morte do governador Ottomar Pinto. Nas eleições de 2010, foi o segundo colocado no primeiro turno e derrotou Neudo Campos no segundo turno por pequena margem de votos. A condenação pelo TRE ocorreu em razão de uso de veículo de comunicação do governo na campanha eleitoral.

O senador Mozarildo Cavalcanti, também de Roraima, afirmou da Tribuna do Senado na tarde de ontem que a cassação do governador é só uma questão de tempo, já que os pareceres do Ministério Público e do relator são pela rejeição do recurso e pela manutenção da cassação.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Mais uma denúncia contra o senador roraimense. Lobista diz que foi “laranja” de Jucá em faculdade

A denúncia não é nossa, mas como é um assunto pertinente à Amazônia e faz parte dos bastidores do poder, temos a obrigação de levar ao conhecimento dos nossos leitores.


Wilson Dias/ABr
Romero Jucá é acusado agora de ser sócio oculto de uma faculdade em Roraima
Eduardo Militão

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), é alvo de mais uma acusação de propriedade de empresa registrada em nome de “laranjas”. Desta vez, o lobista Geraldo Magela Fernandes da Rocha diz que, em nome do senador, tornou-se sócio de um médico para abrir uma faculdade em Roraima. Os contatos políticos de Jucá ajudaram a faculdade a sair do papel. Registros de cartório mostram Magela Rocha como sócio do José Mozart Holanda Pinheiro entre 2000 e 2003, mas o lobista disse que o dono verdadeiro era Jucá, e que o senador depois determinou que ele saísse do negócio.
Romero Jucá admite que ajudou a Faculdade Roraimense de Ensino Superior (Fares) a ser criada, mas diz ignorar a participação de Magela, seu ex-colaborador em campanhas eleitorais, na sociedade com o médico Mozart Pinheiro, de 65 anos, ex-tucano e atual suplente de deputado federal pelo PT. Mozart disse que abriu a empresa sozinho, sem sociedade com o lobista ou o senador. Ao ser questionado sobre a contradição de parte das declarações com os registros de cartório, a ligação com Mozart Pinheiro foi interrompida.

Magela Rocha já disse ter sido laranja de Jucá na TV Caburaí, fato negado pelo senador, apesar de a emissora hoje estar formalmente em poder de sua atual mulher, Rosilene Pereira Costa, e de seu filho, o deputado estadual Rodrigo Jucá – um advogado de 29 anos que acumula patrimônio declarado de R$ 3,6 milhões, seis vezes maior que o de seu pai. O lobista também acusa Romero Jucá de ter recebido um apartamento da Via Engenharia em nome do irmão, Álvaro Jucá, após Magela ter sido “laranja” na compra do imóvel perante a construtora.

Ajuda na campanha

De acordo com Magela Rocha, tudo começou em 2000, quando o médico Mozart Pinheiro ajudou a campanha eleitoral da então esposa de Jucá, Teresa Jucá, à prefeitura de Boa Vista. A então mulher do senador saiu vencedora pelo PSDB, o partido da família à época. Um mês depois, Jucá, que era vice-líder do governo Fernando Henrique no Senado, foi ajudar o médico a montar sua instituição de ensino. “O Romero me pediu para assumir 50% das ações da faculdade”, contou o lobista ao Congresso em Foco. O contrato foi assinado em 9 de novembro de 2000, segundo registros de cartório.
Em março de 2001, a papelada foi guardada formalmente no cartório. A Faculdade Roraimense tinha capital social de R$ 30 mil, metade com Mozart e metade com Magela Rocha. O lobista diz nunca ter injetado um tostão na sociedade, embora tenha ajudado a estruturar e administrar o negócio. “Não ganhei nada, só trabalho.”


A certidão mostra que Magela foi mesmo sócio da faculdadeVeja o documento completo
Segundo ele, depois que a faculdade foi aberta, durante a campanha eleitoral de 2002, Jucá lhe passou valores que somavam entre R$ 60 mil e R$ 80 mil para investir na Fares. O dinheiro foi recebido no gabinete parlamentar no Senado e na sua fazenda em Roraima. O lobista diz que repassou tudo a Mozart. “Era dinheiro para compra de carteiras, instalação de ar-condicionado. Sempre à vista, em cash”, conta Magela Rocha. “À época, o jeito de se pagar as coisas era via doleiro, que transforma muito dinheiro que está no exterior em cash.” O doleiro em questão era Antônio Pires de Almeida, o seu Pires.
Prioridade no MEC
De acordo com Magela, Jucá continuou ajudando o médico Mozart Pinheiro, ao procurar o então ministro da Educação do governo FHC, Paulo Renato Souza. O atual líder do governo Dilma Rousseff no Senado foi líder do governo Lula no Senado e também  líder do governo Fernando Henrique no Senado. O lobista disse que a autorização da Faculdade Roraimense foi “priorizada” porque havia muitas outras faculdades na fila. Procurado pelo Congresso em Foco na semana passada, o ex-ministro Paulo Renato não retornou os contatos da reportagem. Sua secretária disse que ele estava em viagem e só poderia comentar o assunto a partir desta segunda-feira (20).
Romero Jucá afirmou que ajudou a faculdade de Mozart Pinheiro, mas da mesma forma como fez com qualquer outra instituição de ensino do seu estado. “Nunca fui sócio de faculdade e ajudei todas as faculdades de Roraima”, afirmou o senador ao Congresso em Foco.
Em janeiro de 2002, o MEC credenciou a Fares como instituição de ensino superior. A mantenedora é o posto de gasolina de Mozart Pinheiro em Boa Vista. No primeiro vestibular, com inscrições abertas pouco mais de 20 dias depois, foram oferecidas 150 vagas para economia e 150 para administração. Naquele mesmo ano, Mozart Pinheiro saiu candidato a deputado estadual pelo PSDB, partido de Jucá e do governo Fernando Henrique Cardoso, mas ficou apenas com a suplência.
Desentendimento
Mas, segundo o lobista, as relações entre o senador e o médico azedaram em 2003. Ele afirma que Jucá pediu a Mozart para ingressar como laranja em outra empresa para disputar concessões de rádio e TV. O médico não aceitou e, num acordo com o senador, ficou acertado que eles deixariam de ser sócios na Faculdade Roraimense, ainda de acordo com o relato de Magela Rocha.
Fato é que em janeiro de 2003, três meses depois das eleições em que Mozart saiu derrotado da disputa por uma cadeira na Assembleia Legislativa do estado, o médico e Magela Rocha assinaram a saída do lobista da sociedade. As 15 mil cotas de Magela Rocha vão para o filho do médico, o estudante Francisco Adjafre de Sousa Neto, que trabalhava na Assembleia Legislativa de Roraima pelo menos até o ano passado.
Apesar dos valores das cotas, o lobista estima que, na saída do negócio, Romero Jucá tenha ficado com R$ 500 mil por sua parte na sociedade. Magela Rocha diz que a Fares valia pelo menos R$ 1 milhões à época, embora ainda hoje seu capital seja de apenas R$ 366 mil. Atualmente, há cinco cursos: agronomia, enfermagem, pedagogia, administração e economia.
Seis meses depois da saída do lobista, o capital social da faculdade saltou para R$ 366 mil, com a incorporação de um terreno de 10 mil metros quadrados valendo R$ 200 mil e de parte do lucro líquido de 2002. Chegou a R$ 136 mil uma parcela de lucro no último ano em que Magela Rocha, o suposto “laranja” do senador, foi sócio da faculdade, segundo documentos arquivados em cartório.
Em agosto de 2008, o médico colocou mais uma familiar na empresa, Maria Stela Adjafre Pinheiro. Hoje, Mozart Pinheiro tem 98% da faculdade, enquanto Francisco e Maria Stela Adjafre têm 1% cada um.
Bolsas de estudo
Magela Rocha acredita que o senador não quis aparecer no negócio da faculdade para evitar pedidos de bolsa de estudos por parte de eleitores. “Como sempre, ele não aparece comercialmente em nada. O braço financeiro dele é o irmão e o filho. Também porque ele não queria aparecer no negócio. Ele fez toda a estrutura de negócio dele em nome do filho”.

Deputados do PT em Porto Velho acusam prefeito (também do PT) de bandido e chefe de quadrilha

A cúpula do PT - Partido dos Trabalhadores em Porto Velho, Capital de Rondônia, parece não se entender mais. Dois deputados do partido acusam o prefeito, que também é do PT, de bandido e chefe de quadrilha. A matéria, divulgada pela assessoria dos parlamentares, foi contestada em nota pelo prefeito. Porém, a ameaça de processos por parte de Roberto Sobrinho ( o prefeito) é só contra os veículos que "ousaram" publicar a denúncia.

Veja a matéria divulgada pela própria cúpula do partido no site http://www.portalderondonia.com/ :

Roubalheira, corrupção, desmandos, e irregularidades foram alguns dos adjetivos utilizados pelo deputado estadual Hermínio Coelho (PT), primeiro vice-presidente da Ale, durante sessão plenária da Assembleia Legislativa, ao denunciar as ações do prefeito da capital, Roberto Sobrinho (PT). Para o parlamentar a administração da Prefeitura de Porto Velho é “suja” e descompromissada com o povo. Já o deputado Ribamar Araújo (PT), Ouvidor Geral da Ale, afirmou que Roberto Sobrinho é, na prática, um chefe de quadrilha.

O deputado Hermínio Coelho declarou durante seu pronunciamento, que a bandalheira se instalou na Prefeitura de Porto Velho, ao dar prosseguimento a uma licitação viciada com inúmeras irregularidades, referente à compra de hora-máquina, no valor de R$ 30 milhões. Segundo ele, a própria Controladoria da Prefeitura constatou as irregularidades, mas ainda assim, o processo seguiu.

Continuando, afirmou Hermínio Coelho que surpreendentemente uma empresa anteriormente repudiada pelo próprio prefeito, acabou sendo a grande vencedora, se desclassificando dezoito empresas, com base num suposto parecer do engenheiro Sebastião Valadares, que posteriormente afirmou desconhecer esse documento. Para o deputado a roubalheira está instalada, e a quadrilha vem agindo impunemente.
Em aparte, o deputado Ribamar Araújo afirmou que o “bandido” Roberto Sobrinho está a frente de todas essas bandalheiras, e vem prejudicando sobremaneira a imagem do PT em Rondônia. “Na verdade, Roberto Sobrinho é o chefe da quadrilha. Ele é o responsável por toda essa safadeza. Esse marginal está destruindo o PT. O prefeito não é honesto e não tem compromisso com o povo. São inúmeras obras não concluídas e outras reformas demoram em demasia prejudicando a população”, observou.

Também em aparte, o deputado Jesualdo Pires (PSB), disse que é preciso se rever esses contratos milionários da empresa Marquise, responsável pela coleta de lixo, por monopolizar este setor, em mais de 50% dos municípios brasileiros.

Ao concluir, o deputado Hermínio Coelho defendeu a expulsão de Roberto Sobrinho do PT, e também levantou suspeição com relação a atuação da administração municipal e as empresas de transporte coletivo e da coleta de lixo. “Na verdade, a administração da capital nunca foi petista e sim de Roberto Sobrinho e de seus amigos”, finalizou.

sábado, 18 de junho de 2011

Criança de 8 anos viciada em álcool e drogas em município acriano

Imagem ilustrativa


O Conselho Tutelar de Sena Madureira deu encaminhamento recentemente a um caso no mínimo absurdo.

Trata-se da situação de um menino de apenas 8 anos de idade que, segundo os próprios pais, tem chegado em casa embriagado frequentemente. Pior do que isso é o fato da criança estar usando também substância entorpecente.

Seus responsáveis, cujos nomes não foram revelados, procuraram o conselho para pedir ajuda pois, segundo eles, não sabem mais o que fazer.

"Ficamos sabendo que até pra ir á escola é difícil. Ele só vai no dia que bem entende", relatou o conselheiro tutelar Antônio Leite, responsável pelo caso.

Para ele, além de lamentável, esse é um caso absurdo, uma vez que se trata de uma criança que deveria ter o controle dos pais.

"O menino foi encaminhado para um atendimento especializado. Caso volte para a mesma prática os pais serão responsabilizados", complementou.

Na apuração do caso, ficou constatado que a criança chegou inclusive a vender roupas da própria residência para consumir bebida.

"Iremos investigar também quem está fornecendo bebida para essa criança e tomar as providências devidas", finalizou o conselheiro.

Segundo consta, o menino mora com o pai e a madrasta, já que sua mãe biológica reside no município de Cruzeiro do Sul.
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Reportagem de Edinaldo Gomes.