Ir para o trabalho de jumento não é nada normal, ainda mais para um parlamentar. É isso mesmo. No Jordão, município distante 790 quilômetros de Rio Branco, o vereador Bibil Aragão, (PT), vai para a Câmara Municipal montado em um burro. Não é protesto. É que o vereador mora no seringal Novo Porto, às margens do rio Murú, distante 46 quilômetros da cidade do Jordão, onde só é possível ir e vir a pé, de barco ou em lombo de animal.
Em transporte fluvial, Bibil Aragão levaria dias para chegar à sede do município, e a pé também.
De jegue ele gasta doze horas de viagem, isso na época de verão, por um caminho no meio da floresta, e passa por quatro igarapés. "As dificuldades são imensas", conta o vereador, que ainda tem que dar uma "mãozinha" para o burro subir os barrancos.
Em época de chuvas passa mais tempo viajando. Às vezes dorme em casas de conhecidos pelo caminho. Almoça, toma café e janta.
Bibil Aragão está em seu terceiro mandato. Em sua última reeleição obteve 139 votos. Na primeira, 111.
A comunidade onde mora tem cerca de quinhentos habitantes, onde vivem da agricultura. No local, ele é dentista prático. Hoje não pode mais exercer a profissão, e pela simpatia e disposição em ajudar as pessoas conseguiu se eleger vereador.
Seu salário é de R$ 1.800. Ele conta que com o dinheiro além de sustentar a família ajuda quem mais precisa. "A gente reparte o que a gente ganha lá no seringal. É um povo muito necessitado", diz.
O vereador Bibil tem 65 anos. O jegue está com ele há onze. Chegou a comprar outro, mas não deu certo.
"É, a gente não pode deixar o amor antigo pelo novo. Comprei um burro novo, mas ele é mais alto e não tem costume de andar muito como o outro. O outro é mais baixinho e dá para andar sem dor nas costas", conta o vereador.
Para participar das quatro sessões mensais, Bibil viaja no começo e final de cada mês.
O jumento amarrado em frente à câmara não chama mais tanto atenção. Quem mora no pequeno município, com população de aproximadamente quatro mil habitantes, está acostumado com o transporte do vereador.
"Tem vereador que mora aqui na cidade e falta de duas a três sessões. Eu venho de longe para cumprir com o meu mandato. Não gosto de falta meu trabalho", diz Bibil.
Em viagens como as que o parlamentar faz não é inusitado ver animais como onças.
Ele diz, entretanto, que nunca durante os onze anos de suas idas e vindas viu esse tipo de felino. "O pessoal já viu, mas eu só vejo o rastro da bicha".
É muita sorte do vereador que viaja apenas na companhia de seu jumentinho.
Fonte: oAltoAcre
Em transporte fluvial, Bibil Aragão levaria dias para chegar à sede do município, e a pé também.
De jegue ele gasta doze horas de viagem, isso na época de verão, por um caminho no meio da floresta, e passa por quatro igarapés. "As dificuldades são imensas", conta o vereador, que ainda tem que dar uma "mãozinha" para o burro subir os barrancos.
Em época de chuvas passa mais tempo viajando. Às vezes dorme em casas de conhecidos pelo caminho. Almoça, toma café e janta.
Bibil Aragão está em seu terceiro mandato. Em sua última reeleição obteve 139 votos. Na primeira, 111.
A comunidade onde mora tem cerca de quinhentos habitantes, onde vivem da agricultura. No local, ele é dentista prático. Hoje não pode mais exercer a profissão, e pela simpatia e disposição em ajudar as pessoas conseguiu se eleger vereador.
Seu salário é de R$ 1.800. Ele conta que com o dinheiro além de sustentar a família ajuda quem mais precisa. "A gente reparte o que a gente ganha lá no seringal. É um povo muito necessitado", diz.
O vereador Bibil tem 65 anos. O jegue está com ele há onze. Chegou a comprar outro, mas não deu certo.
"É, a gente não pode deixar o amor antigo pelo novo. Comprei um burro novo, mas ele é mais alto e não tem costume de andar muito como o outro. O outro é mais baixinho e dá para andar sem dor nas costas", conta o vereador.
Para participar das quatro sessões mensais, Bibil viaja no começo e final de cada mês.
O jumento amarrado em frente à câmara não chama mais tanto atenção. Quem mora no pequeno município, com população de aproximadamente quatro mil habitantes, está acostumado com o transporte do vereador.
"Tem vereador que mora aqui na cidade e falta de duas a três sessões. Eu venho de longe para cumprir com o meu mandato. Não gosto de falta meu trabalho", diz Bibil.
Em viagens como as que o parlamentar faz não é inusitado ver animais como onças.
Ele diz, entretanto, que nunca durante os onze anos de suas idas e vindas viu esse tipo de felino. "O pessoal já viu, mas eu só vejo o rastro da bicha".
É muita sorte do vereador que viaja apenas na companhia de seu jumentinho.
Fonte: oAltoAcre
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